Em 2015, escrevemos um post explicando o crescimento do Marketing Jurídico ao longo do ano. Foram impressionantes números que vocês podem ver aqui.
Esse ano vamos mostrar mais números para vocês, mas agora vamos além, queremos falar das tendências do Marketing Jurídico 2017. Esse é um tipo de publicação tradicional no mercado de Marketing e Vendas e que é muito útil para as empresas e escritórios consolidados, afinal é preciso estar antenado às novidades para planejar o ano que vem o mais rápido possível e montar um plano de ação para incrementar a carteira de clientes.
Não precisamos nem dizer o quanto a concorrência é forte e que aumentar a carteira de clientes é um desejo de todo escritório, certo? Talvez ninguém melhor que um advogado para entender sobre concorrência pesada, afinal esse ano a profissão bateu a casa de um milhão de profissionais no país.
Como as empresas estão usando a Internet no Brasil?
Muito do que vai ser dito aqui pode parecer óbvio ou inatingível para o mercado da advocacia. No primeiro caso, quero que você se pergunte: será que é só na minha timeline que eu vejo todo mundo fazendo a mesma coisa? Bem provável!
A pura verdade é que o Marketing Digital ainda está engatinhando no Brasil – e olha que ele está bem à frente do Marketing Jurídico na Internet. Segundo números compartilhados pela Resultados Digitais, uma das maiores empresas sobre gestão de conteúdo publicitário, é possível identificar cerca de 10 mil clientes espalhados pelo país. Partindo do princípio que todos estão produzindo conteúdo adequadamente, o que é uma premissa bem otimista, nós temos “apenas” 10 mil empresas de diferentes tipos ocupando a timeline dos potenciais clientes.
Se você estranhou o “apenas” é muito provável que não saiba que atualmente temos 18 milhões de CNPJ’s registrados no país. Sabe o que isso significa? Que em 2016, talvez menos de 0,05% estão fazendo a coisa certa e aumentando o número de clientes através do Marketing Digital.
Só esse número poderia explicar porque o comércio tradicional vai muito mal das pernas e o e-commerce bateu a casa dos 19 bilhões de reais, superando mais uma marca. (https://corporate.canaltech.com.br/noticia/e-commerce/e-commerce-brasileiro-cresce-52-no-1o-semestre-de-2016-e-lucra-r-196-bilhoes-79055/)
A saturação há de chegar no país, mas o processo de marketing jurídico é IRREVERSÍVEL para todos os escritórios. A diferença é saber se você vai correr atrás dos concorrentes ou vai ditar o ritmo.
E como você está usando a internet em favor do seu escritório de advocacia?
Os escritórios que têm sucesso no marketing jurídico têm um segredo: eles envolvem os advogados na criação de conteúdo! No entanto, muitos profissionais confundem o Marketing Jurídico na Internet com estratégias diretas de captação de clientes na advocacia. Por favor, não faça isso!
As estratégias de captação direta de clientes além de serem constantemente questionadas pela OAB, também não são sustentáveis. Um escritório sem uma estratégia de Marketing fica à deriva da sorte. Nessa situação, os sócios não sabem como pagar as contas do próximo mês, pois não tem certeza da quantidade de contratos que serão fechados.
Assim também é na captação direta: geralmente o advogado escreve um conteúdo, impulsiona no Facebook e torce para aparecer alguém. Ou talvez anuncia no Google Adwords e recebe contatos barganhando preços irrisórios.
Eu não estou menosprezando o poder do Adwords e nem tampouco o do Facebook. Discordo apenas de como ele vem sendo utilizado pelos advogados em geral.
Se seu escritório está em busca de massa e concorre pelo preço, talvez o Adwords possa ser usado em todo o processo. Se você não está atrás de clientes de massa e tem a noção de que o processo não é mágico e possui etapas, entre em contato conosco, podemos explicar como o Marketing Jurídico pode ajudar você a dobrar seu faturamento sem precisar sacrificar todo seu tempo livre.
UFA! Falamos demais e não mostramos as tendências, né? Chegou a hora!
Tendências no Marketing Jurídico 2017
- Live Streaming.
Esse é um conteúdo que deve ter bombado na sua timeline do facebook, assim como os convites para webinar. De longe, sem os números na mão, parece que tal formato está saturado, mas é um ledo engano.Até ano passado, se seu escritório atendia empresas e grandes empresários, nós não recomendávamos o uso intenso de “lives”, mas a coisa mudou. Para 2017, mesmo uma relação B2B, nossa recomendação é bem enfática: invista nesse formato!
Como usar o Facebook Live no Marketing Jurídico em 2017?
É possível realizar entrevistas, mostrar os bastidores do escritório, mostrar a papelaria, fazer seções de perguntas e respostas com os usuários participando em tempo real, além de mini palestras, dicas rápidas e etc.
Ferramentas que podem te ajudar: Facebook Live, Youtube Live, Periscope…
- Conteúdos efêmeros, passageiros
Se você tem um blog (e eu quero muito acreditar que você tenha) e começa a se aventurar pela fanpage, descobre rapidamente o que queremos dizer com conteúdo efêmero. Um dia após a publicação na timeline do facebook, o conteúdo não faz mais sentido para os seus clientes, cuja timeline geralmente tem mais de 1.000 amigos e seguem algumas centenas de páginas.Os jornais utilizam essa sensação de imediatismo muito bem: sem tomar posição, as notícias tentam se antecipar às conclusões e apenas tirar uma foto, um vídeo ou um texto rápido sobre o acontecimento. É uma forma de dizer pouco, mas dizer primeiro.
Os “Instagram Stories” e o “Snapchat” são excelentes exemplos de que isso funciona muito no mercado. Mas será que consigo aplicar isso no Marketing Jurídico? A resposta é: depende!
Depende do seu público alvo! Nós temos uma cliente que está construindo a imagem do seu escritório em torno dos problemas relacionados à “herança de família” e tem dado muito certo o uso do “Instagram Stories”. Se seu público é mais formal e o assunto é menos corriqueiro, recomendo usar com parcimônia, mas ainda assim é possível encaixar palestras, feiras, workshop, fato relevante entre outras coisas que reforçam sua imagem perante o seu público alvo.
- Mais conteúdo
Se você acha que não há muito mais do que se falar da sua área, certamente não está fazendo seu trabalho direito. Numa pesquisa com empresas de várias áreas, foi perguntado para os responsáveis pelo Marketing:– “Em relação a 2016, você esperam produzir mais conteúdo, menos ou a mesma quantidade?”
A resposta foi efusiva 70% planeja produzir mais conteúdo. E aqui não estamos falando apenas do número de textos e vídeos, mas de conteúdos mais longos.
O conteúdo é a alma da web. À exceção das celebridades (principalmente das pseudo-celebridades), seus potenciais clientes não estão na internet para ver seu rosto, corpo ou o quanto você viaja. Eles querem ter certeza de que você é uma escolha certa e seus potenciais clientes querem ter alguém pra procurar tão logo tenham algum problema jurídico.
- Foco no cliente
Algumas de nossas primeiras reuniões são pautadas apenas para convencer o cliente de que é preciso se especializar. Isso mexe com modelo de negócio do escritório e com um medo forte do advogado: desperdiçar oportunidades.Não é assunto desse post discorrer sobre as vantagens de se especializar, mas é muito claro que produzir conteúdo para várias especialidades já não faz o menor sentido. E porque isso? O que já era claro em 2016, vai se tornar mais latente no ano que vem: as pessoas querem respostas completas às suas respostas. Ninguém quer fazer um resumo dos vários posts sobre um determinado assunto.
É preciso dizer, entretanto que, produzir conteúdo com respostas completas numa frequência adequada, requer bastante esforço. Multiplique esse esforço pelo número de áreas que seu escritório trabalha e com a quantidade de público diferente precisando de respostas personalizadas e você vai entender porque o primeiro passo para o marketing jurídico não atingir seus objetivos é a falta de foco em uma área/cliente.
- Linkedin
O crescimento dessa rede social causou surpresa no mercado. Em outubro, a empresa divulgou que incrementou em 17 milhões no número de fãs em relação ao período anterior, resultando em 18% ao ano. (https://www.mirago.com.br/noticias/linkedin-cresce-base-de-usuarios-e-supera-expectativas/).Não podemos negar, as pessoas estão cansadas do Facebook. Muito do crescimento de SnapChat (que é muito LiveStreaming e efêmero), foi porque a rede social do Zuckemberg está saturando.
E esse é o caminho do Linkedin: aproveitar o foco profissional e tentar fortalecer relações com objetivos mais definidos. Mas como usá-la no Marketing Jurídico em 2017? Posso ser bem direto? Poste seu texto lá e esqueça a maioria dos portais jurídicos. Vou mais além, use a visibilidade da rede social para levar público para o seu blog, para a sua base de cadastro. O Marketing Jurídico é isso: atrair o público certo para dentro de um lugar onde você possa realmente demonstrar seu conhecimento.
- Robôs
100 milhões de internautas ávidos por interagir com sua marca e saber se seu escritório é a melhor escolha para o problema dele. É humanamente impossível atender todo mundo. E também é financeiramente inviável manter o atendimento de nível para quem não tem perfil para ser seu cliente no modelo de negócios do seu escritório. Qual a solução? Automação! Os robôs do bem vão tomar conta da Internet e eu falei sobre eles aqui.
Grande parte do público, talvez por procrastinação, descrença ou economia, esquecem o blog da sua marca para alimentar o Blog de outras pessoas para expor seu nome. Sem contar que, geralmente, clientes de portais jurídicos estão disputando advogados pelo preço. Portais Jurídicos que capta clientes é como um Mercado Livre de honorários. Você compraria uma mercadoria de alto valor para algum vendedor do Mercado Livre?
Um feliz 2017, Advogado!
Preparamos muitas novidades em 2017 para você, que quer transformar sua carreira e deixar de ouvir barganhas o tempo todo ou de suportar receber ordens de alguém bem menos talentoso que você!
Como tudo ainda é surpresa, você vai ter que seguir nossa fanpage e ficar de olho!
Vamos encerrar nosso 2016 com a certeza de que o conteúdo jurídico vai continuar separando “pequenos escritórios ansiosos por uma causa boa” de “grandes negócios jurídicos de sucesso”. Inclua nas suas reflexões de reveillon a pergunta: de que lado eu quero estar em 2017?
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