É permitida a propaganda de advogado no Facebook?

• Equipe Marketing Juridico
• outubro 9th, 2015

Os excessos na propaganda de advogado

Uma das maiores dores de cabeça de um profissional de direito é saber o que pode e o que não pode ser feito em termos de publicidade: afinal, é permitida ou não propaganda de advogado no Facebook? E em outras nas redes sociais, como o LinkedIn ou Twitter, pode?

A Comissão de Combate à Propaganda e Publicidade Irregular na Advocacia tem trabalho demais para coibir os abusos cometidos nas ruas e veiculação nas mídias tradicionais, além disso, é preciso levar em conta principalmente que, até o final desse texto, o país já formou pelo menos 4 novos bacharéis em direito!  Ou seja, não há esperança para uma capacitação adequada pela entidade e tampouco pelas universidades para prevenir os excessos.

E o que presenciamos no nosso dia-a-dia é culpa de todos envolvidos: a comissão que não tem braço para coibir ou educar profissionais do ramo, do código cuja pena é ínfima ao advogado que se aproveita dessa omissão, do próprio advogado que não respeita as normas e de você, um competente profissional, mas que não denuncia nos canais adequados os abusos ou pouco faz para discutir um novo estatuto.

Orientação da OAB – pode tudo e não pode nada!

Em 19 de Março de 2015, em um ementário da OAB-SP, permitiu-se a publicidade do Advogado no Facebook e redes sociais em geral. O que faz todo sentido, visto que um advogado sem tornar clara a existência do seu escritório no ambiente virtual ao seu possível cliente é um profissional que está condenado ao ostracismo. Principalmente nos tempos atuais em que ao procurar por serviços advocatícios o usuário consulta a internet, seja num buscador como o Google, por recomendações nas redes sociais.

Marketing Jurídico do Mal – um risco que você não precisa correr (https://marketingjuridicodf.com.br)

A verdade é que o trabalho de Marketing Jurídico dentro do Código de Ética é um trabalho árduo, inclusive porque convive com os excessos sem pudores de quem prefere o caminho da publicidade irregular.

Mas ementa tem suas ressalvas. Ela é bem clara no respeito às normas do código de ética:

“…É lícita a publicidade do advogado em sites ou redes sociais desde que sejam observados os princípios e normas que regem a publicidade dos advogados em geral….”

Na prática então é permitida a propaganda de advogado no Facebook? Vamos ao código da letra no documento que você pode conferir nesse link ou no trecho copiado abaixo:

“… É lícita a publicidade do advogado em sites ou redes sociais desde que sejam observados os princípios e normas que regem a publicidade dos advogados em geral. O advogado deve disponibilizar informações com caráter objetivo e sem a finalidade de angariar clientela, resguardar a dignidade da profissão e o sigilo das informações que lhe foram confiadas por seus clientes e respeitar os limites e condições impostos pelo Estatuto da Advocacia, pelo Código de Ética e Disciplina, bem como pelo Provimento nº 94/2000 do Conselho Federal da OAB. Precedentes…”

Ora, o que seria “disponibilizar informações com caráter objetivo”? Os dados de contato do seu escritório não seriam informações objetivas? Mas quando o código cita os “limites e condições impostos pelo Estatuto da Advocacia” nós, da #Majur, entendemos que podemos usar SIM as redes sociais, mas nos comportando da mesma forma que no ambiente offline. Ou seja, muda-se o canal, mas não muda o conceito!

Se você, caro advogado, quer captar cliente de forma clara, reduzir a tabela de honorários, fazer anúncios incompatíveis com a sobriedade da profissão, sinto muito, a Internet também não é um lugar para você e a #majur não poderá te ajudar como empresa de marketing jurídico.

Nossa consultoria e a publicidade irregular

Marketing jurídico – você está fazendo isso errado

Nós da #majur já recebemos propostas de advogados para ignorar o estatuto, mas apesar do risco não ser nosso, somos aboslutamente enfáticos em dizer: se você quer seguir um caminho fora do código de ética da entidade, não nos procure!  Temos absoluta segurança de que você vai encontrar alguém que o faça, mas nós não queremos um case nesses termos e tampouco acreditamos numa eficácia de longo prazo.

Não temos dúvida de que o Marketing Jurídico Ético é o futuro da divulgação dos serviços jurídicos. É cada dia mais notória a preferência do consumidor pela não agressividade na oferta do fornecedor: banners, pop-up”s, descontos piscantes, mala direta estão com seus dias contados.

Outro comportamento do consumidor em que nos apoiamos para acreditar no marketing jurídico digital é o de pesquisar na internet antes de contratar qualquer serviço ou comprar qualquer produto. Outdoors, placas luminosas, faixas vão se tornar obsoletos e desagradáveis aos olhos do público.

A OAB/DF, inclusive, criou uma pioneira Coordenação de Redes Sociais e Fiscalização de Publicidade, sob a presidência do advogado Fabrício da Mota Alves, especialista em Direito Digital. A iniciativa conta com todo nosso apoio e chamamos de pioneira porque o objetivo é  atuar na coleta de informações publicadas nas redes sociais para agir de forma proativa na identificação dos casos em que o marketing irregular ocorra. As denúncias deverão ser enviadas para o  email  propagandairregular@oabdf.com para a análise da comissão.

Além disso, a OAB está discutindo um novo código que promete ser mais severo que o atual.

E a propaganda de advogado no Facebook?

Desde que siga o código de ética vigente, a propaganda de advogado no Facebook não apenas é permitida, como é absolutamente vital para a sobrevivência a longo prazo do seu escritório. O Facebook, Twitter, LinkedIn, Medium são as redes sociais mais importantes para divulgar conteúdo de um advogado. Com pouco investimento – se comparado a divulgação de grandes marcas numa TV, por exemplo – é possível construir pros próximos anos um escritório sólido, com clientela de qualidade.

Mas como fazer, se eu não posso anunciar meus serviços?

Com conteúdo, meu caro! Nosso maior objetivo é transformar seu talento em autoridade. E autoridade você só constrói com muito conteúdo relevante sendo publicado associado à sua marca. O advogado moderno não pode se esquivar de conhecer seu público, entender suas necessidades, falar sua linguagem, seja em vídeos, palestras, artigos, reportagens ou entrevistas.

“Concentre-se no usuário que o resto virá” (As 10 verdades em que nós acreditamos, Google)

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